Webmaster to Web Team: Como o faz-tudo se tornou uma grande equipe

Artur Balestro
3 min readAug 2, 2021

Em um tempo não muito distante, a revolução tecnológica que a Internet provocou fez com que o máximode informação possível fosse difundido rapidamente para qualquer indivíduo, pouco importando sua localização. A partir de websites configurados por protocolos de rede de um computador, um grupo de informações poderia ser acessado através de interações simples com o mouse. Para manter o conteúdo acessível, no entanto, necessitava-se de uma mão de obra especializada, conhecida como Webmaster, que era quem criava todo o conteúdo, redigia, montava a estrutura, configurava o domínio que permitiria o espaço online de todas as páginas necessárias, e respondia quaisquer dúvidas ou reclamações por e-mail se fosse necessário. Parece difícil de imaginar hoje que uma só pessoa seria responsável por toda a aplicação. De fato, a figura do Webmaster é praticamente inexistente nos dias de hoje. No entanto, ainda é possível haver apenas um responsável por projetos de pequeno escopo, ou auxiliar em diversas frentes em projetos maiores.

Com a difusão rápida e facilidade de acesso às informações pela Internet, muitos negócios começaram a migrar para o ambiente online, o que começou a demandar mais formas de apresentação dos conteúdos. Simples cliques que apenas direcionam para outras páginas foram transformados em interações que mostram de forma fluida ao usuário tudo o que ele precisa sem sair da mesma página. Outro detalhe aprimorado foi o visual, cada vez mais completo, conciso e atraente aos olhos. Para quem estava divulgando o conteúdo, era importante que este envolvesse por completo os usuários, necessitando de pesquisas aprofundadas para melhor experiência. Somente este aspecto começava a ir além do que um Webmaster conseguia fazer com o tempo disponível. Além disso, diversos problemas de interação causavam os famigerados bugs, com os quais o responsável pelo conteúdo precisaria lidar.

Com tantas áreas de um website necessitando de cuidado especializado, as funções começaram a se descentralizar. Um exemplo de equipe era o desenvolvedor especializado em FrontPage ou Dreamweaver, o designer de Flash (muitas vezes um site inteiro era feito com animações em Flash), o responsável pelos domínios e atendimento ao cliente. As publicações nesse modelo eram feitas pelos próprios desenvolvedores diretamente utilizando FTP. Com o avanço das tecnologias utilizadas, as demandas foram se moldando cada vez mais. Um desenvolvedor passou a se dividir em dois tipos principais, front end e back end. As funções de design trouxeram a necessidade de ampliar seus times com foco na User Experience e Design System. As demandas de publicação, qualidade, análise de requisitos também passaram a precisar de seus próprios times.

Além de possibilitar que cada uma dessas frentes possua responsáveis especializados, a descentralização das demandas também possibilita que mais pessoas estejam capacitadas para atuar em determinado projeto. Se apenas uma pessoa especialista tivesse os conhecimentos e habilidades necessárias, sua ausência poderia prejudicar a produtividade. Projetos web hoje podem ter mais de 100 profissionais designados, de acordo com sua complexidade. Equipes que tenham uma boa dinâmica e comunicação são imprescindíveis para um progresso saudável, mesmo que estejam segmentadas em suas áreas. Por outro lado, profissionais com a experiência de um webmaster podem ser extremamente úteis para se ter nas equipes e poupar esforços de treinamento. Apenas evite que eles sejam sobrecarregados.

Originally published at https://ammbalestro.medium.com on August 2, 2021.

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Artur Balestro

Front End Developer, crazy about games, tv shows, horror movies, traveling, animals, writing, technology and a lot of stuff related to pop culture.